RJ: Após tiroteio em favela, Bope reforça ronda no entorno do sambódromo



Comboios de carros do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especias, da PM), com homens fortemente armados, estão rondando as favelas próximas à Marquês de Sapucaí. Na madrugada de hoje, um tiroteio entre policiais e traficantes no morro do São Carlos, vizinho ao sambódromo, acabou com quatro pessoas feridas e um jovem de 14 anos morto.

O local do tiroteio fica a menos de 1 km da Marquês de Sapucaí, onde acontecem os desfiles das escolas de samba do Grupo Especial.

Um dos atingidos foi Marcílio Cheru de Oliveira, 24, conhecido como Menor Cheru, chefe do tráfico no local e um dos traficantes mais procurados do Rio. Havia recompensa do Disque-Denúncia de R$ 2.000 para prendê-lo. A polícia não soube informar se os outros quatro atingidos têm ligação com o tráfico.

Segundo a Polícia Militar, por volta das 3h30, policiais que estavam posicionados nos principais acessos da favela receberam uma denúncia de que o traficante participava de uma festa na comunidade. A festa acontecia próximo a um bar, na rua São Carlos, principal acesso à comunidade.

Ainda de acordo com a PM, ao notar a presença dos policiais, Cheru tentou fugir, mas foi preso. O traficante está no hospital Souza Aguiar, no centro do Rio, sob custódia, mas passa bem.

Durante o tumulto, um carro da polícia que pertence à UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) foi queimado por parte de alguns moradores da comunidade. Alguns moradores disseram à imprensa que os policiais já chegaram ao local atirando.

Também durante a madrugada de hoje, traficantes da mesma favela tentaram assaltar integrantes da escola de samba Porto da Pedra, quando eles deixavam o Sambódromo. Houve tiroteio entre seguranças da escola e bandidos. Assustados, os integrantes da escola abandonaram os carros alegóricos após a saída dispersão do sambódromo do Rio.

Devido à confusão, os carros alegóricos da Beija-flor, escola que desfilou logo após a Porto da Pedra, teriam deixado com atraso de 30 minutos a área de dispersão.

A UPP do Morro de São Carlos foi a 17ª implantada há um ano na cidade. A polícia informou que, apesar da ação dos bandidos, a UPP continua funcionando normalmente.

Cheru é integrante da facção ADA (Amigos dos Amigos) e era procurado pela polícia por homicídios e tráfico de drogas. Segundo os policiais, ele atuava como "gerente" do Morro do Zinco, onde era encarregado da execução dos "condenados" pelo Tribunal do Tráfico, além de ser responsável pela venda de haxixe dentro do complexo.

Fonte: Folha.com.br

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