MT: Polícia Civil apreende 98 dinamites que seriam usadas para explodir caixas eletrônicos.



Uma grande quantidade de bananas de dinamites que poderiam explodir 300 caixas eletrônicos foi apreendida pela Polícia Judiciária Civil por meio de investigações conduzidas pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), na quarta-feira (15.02), na região da comunidade Coqueiral, a 60 quilômetros de Nobres (146 km a Médio-Norte). Um total de 98 dinamites que estavam escondidas na fazenda foi apreendida pelo GCCO em poder de uma pessoa.

A dinamite estava enterrada na propriedade de Laudelino Corrêa de Souza, 54 anos, preso em flagrante pelo crime de posse irregular de artefato explosivo, com pena prevista de 3 a 6 anos de reclusão. O material foi encontrado dividido em três sacos, dois em quantidade maiores, prontos para serem revendidos.

De acordo com a delegada Ana Cristina Feldner, que coordena as investigações, a Polícia suspeita que os explosivos pertençam ao mesmo lote de dinamites roubadas de uma mineradora em São José do Rio Claro ( 315 km a Médio Norte), em 2011. A delegada informou que o GCCO tinha informação que haveria 200 bananas e que parte dos artefatos explosivos ainda estejam escondidos na propriedade. “As investigações continuam e há indícios de mais explosivos enterrados naquela comunidade. A gente acredita que lá estava acondicionada grande parte da dinamite roubada aqui no Estado”, disse a delegada.

Ainda nesta semana, os policiais do GCCO retornam as escavações com ajuda de uma máquina da Prefeitura Municipal de Nobres, que cedeu uma retroescavadeira para o serviço. Todo o trabalho também conta com apoio de policiais civis de Nobres, sob o comando do delegado Wagner Bassi e de uma equipe do Grupo de Operações Especiais (GOE), com policiais especializados no manuseio de explosivos.

Conforme Feldner, a apreensão é muito significativa para o trabalho de repressão aos ataques de caixas eletrônicos no Estado de Mato Grosso, pois em valores representam mais de 5 milhões que as quadrilhas deixaram de lucrar, além do prejuízo evitado aos bancos com a destruição das instalações das agências e dos transtornos causados à população. “Com essa apreensão os bancos estão deixando de ter o prejuízo do dinheiro, mais os dos danos causados as instalações das agências e os bandidos prejuízos imediato de 200 mil”, disse.

A delegada destacou ainda que o foco da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) é retirar das mãos dos bandidos o material explosivo, para assim começar a reduzir os números de ataques a caixas eletrônicos.

O delegado geral da Polícia Civil, Sebastião Finotto, também destacou a importância de retirar a principal ferramenta utilizada pelos bandidos para roubar terminais de autoatendimento no Estado de Mato Grosso e fora dele. “A apreensão vai reduzir o potencial ofensivo das quadrilhas que estão atuando nessa modalidade criminosa”, disse. 

As investigações continuam para identificar os compradores e as quadrilhas que iriam usar os explosivos.

FONTE: LUCIENE OLIVEIRA - Assessoria/PJC-MT

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